Sindicato cobra reunião com a PJF e categoria mantém indicativo de greve
- 24 de agosto de 2018
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- Imprensa Sinpro-JF
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O Magistério Municipal suspendeu suas atividades hoje (23/8) e se reuniu, em assembleia, durante a tarde, no Ritz Hotel.
O sindicato relatou aos trabalhadores que a reunião, marcada para ontem (22/8), foi cancelada pela PJF.
Em ofício, a Administração afirmou que “considerando que a proposta a ser apresentada pela prefeitura de Juiz de Fora à Categoria do Magistério, implica em cálculos complexos, bem como uma análise de impacto atuarial; considerando que nesse período não foi possível discutir com a FGV os cálculos; e considerando a constituição do Gabinete de Enfrentamento da Crise Fiscal (GECF), que está exigindo uma presença permanente dos Secretários; informo que a reunião do dia 22/08/18 não poderá ser realizada e que no início do mês de setembro estaremos reagendando outra reunião”.
Após longo debate, os educadores, por unanimidade, decidiram pela manutenção do indicativo de greve e autorizaram o Sinpro-JF a convocar nova assembleia, com paralisação, de acordo com a avaliação do cenário nas próximas semanas.
Ficou também definido que o sindicato enviará ofício à PJF para cobrar reunião sobre os itens que estão na pauta do Magistério: revogação do artigo 9, reajuste único para todos os educadores; reestruturação da Tabela de Cargos e Salários.
A luta dos trabalhadores segue!
Por que a Administração não se manifestou quando Temer aprovou a Emenda Constitucional 95?
Na assembleia, a categoria avaliou que os trabalhadores já começaram a sentir o efeito das medidas que impuseram retrocesso ao país após o golpe que colocou Michel Temer na Presidência da República.
Na Rede Municipal, os funcionários terceirizados que fazem o serviço de limpeza das escolas estão sofrendo com redução de suas jornadas e violento achatamento salarial. O ataque a esses trabalhadores, que já possuem piores condições de trabalho por serem terceirizados, está amparado pela reforma trabalhista, aprovada por Temer. Em alerta, a categoria lembrou que a terceirização irrestrita também foi sancionada pelo governo golpista.
Os educadores também questionaram o discurso e a postura que estão sendo adotados pela Administração sobre a “crise” enfrentada pelo município. Por que a Administração não se manifestou quando Temer aprovou a Emenda Constitucional 95? A medida já começa a impor o estrangulamento econômico dos municípios brasileiros por meio do congelamento dos gastos públicos, por 20 anos, para áreas prioritárias para a população como educação, saúde e assistência. Da mesma forma, a categoria criticou o silêncio da prefeitura diante da denúncia de que, desde 17 de julho, o governo federal vem bloqueando recursos, que totalizam R$ 360 milhões, destinados à Minas Gerais. A conduta da Administração, na avaliação da assembleia, serve apenas aos interesses de um grupo político.
Atualização
Na assembleia, foi deliberado que uma comissão, composta por diretores do Sinpro-JF e profissionais da base, se dirigiria imediatamente à Secretaria de Educação (SE) para tratar de assuntos pertinentes à pasta que requerem solução urgente. Estranhamente, a secretária comunicou, através de assessores, que não havia espaçao na agenda. Permanece a insensibilidade com os educadores e a imposição de decisões extemporâneas que fogem ao trato democrático e demonstram viés autoritário. O sindicato inisitiu e, na tarde desta sexta-feira (24/8), foi agendada, por telefone, reunião para terça-feira (28/8), às 14h.
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