Contra desmonte da Previdência, redes Municipal e Particular vão cruzar os braços no dia 15
- 9 de março de 2017
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- Imprensa Sinpro-JF
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Lotadas, as assembleias das redes Particular e Municipal, realizadas hoje (9), no Ritz Hotel, centro de Juiz de Fora, deliberaram pela adesão ao dia nacional de luta contra a reforma da Previdência, marcado para 15 de março.
Os trabalhadores do município votaram a favor da greve por tempo indeterminado a partir da data. A mesma decisão foi tomada pelos educadores da rede estadual na tarde de ontem (8).
Já os professores das instituições privadas confirmaram a realização de paralisação em 15 de março.As duas redes foram unânimes em avaliar a gravidade da conjuntura nacional. Os trabalhadores estão na mira do governo golpista de Michel Temer.
A reforma da Previdência acaba com a aposentadoria, reduz benefícios e elimina direitos históricos. Para os professores da educação básica é o fim da aposentadoria especial. Se a reforma for aprovada, mulheres e homens só poderão se aposentar aos 65 anos. Para ter o benefício integral, serão necessários 49 anos de contribuição.
Com a reforma trabalhista, Temer planeja um assalto à CLT e coloca em risco direitos como o 13º e as férias. O governo pretende ainda liberar a terceirização das atividades-fim, o que significa rebaixamento de salários, precarização das relações de trabalho e retirada de direitos.
“Não temos tempo!”
O governo não tem medido esforços para acelerar o trâmite das reformas no Congresso. Segundo Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG, a votação em segundo turno da reforma da Previdência no plenário da Câmara está prevista para 6 de abril. Portanto, a resposta dos trabalhadores deve ser imediata. “Não temos tempo. Essa é a nossa questão concreta”, resumiu Beatriz após apontar a importância da greve geral nacional da educação a partir de 15 de março. O movimento paredista é liderado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e tem conseguido motivar outras categorias e envolver diferentes movimentos sociais e populares. A CNTE estima que mais de um milhão de professores entrarão em greve na data.
“É possível derrotar essa reforma. As pessoas estão compreendendo de uma forma rápida que se trata da destruição da Previdência. E que atinge a todos. Isso nos unifica. Nossa tarefa é explicar o significado da reforma a todos”, avaliou Beatriz.
Após a intervenção da sindicalista, Frederico Melo, assessor do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioecnômicos (Dieese), explicou todos os pontos da reforma e esclareceu as dúvidas da categoria.
(Para entender mais, leia a nota técnica produzida pelo departamento em janeiro de 2017)
Ato no dia 15
Várias entidades sindicais organizaram um ato político para o dia 15, às 9h, na Praça da Estação. O Sinpro-JF já iniciou a convocação das redes Particular e Municipal para o protesto.
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