Em São Paulo, resistência dos professores garantiu os direitos da categoria
- 12 de junho de 2018
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- Imprensa Sinpro-JF
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Fonte: www.fepesp.org.br
Uma campanha difícil e histórica está sendo concluída agora com importante vitória de professores e auxiliares de administração contra a aplicação da ‘reforma’ trabalhista, que inspirou os donos de escolas a procurar cortar direitos e endurecer relações de trabalho. O patronal não conseguiu o que queria. Nossa mobilização conquistou a compreensão pais e alunos, ganhou a guerra da comunicação e mostrou nas ruas que não aceitamos a precarização do nosso trabalho.
Assembleias em todo o estado de São Paulo estão votando o acordo conquistado que preserva a convenção coletiva integralmente por um ano e dá maior motivação e força para a defesa da educação de qualidade e do respeito aos profissionais de educação na rede privada – além de mandar um recado de esperança para todas as categorias de trabalhadores que se opõem à ‘reforma’ do governo sem votos.
Desde o início de nossa campanha, o setor patronal insistiu no corte de recesso, das ferias coletivas, das bolsas de estudo aos nossos filhos e na recusa de colocar dinheiro em nosso bolso. Procuraram impor medo à categoria. Mas não conseguiram nos intimidar: fizemos reuniões, atos, assembléias e paralisações e entramos em estado de greve. Com a recusa à negociação, os donos de escolas procuraram deixar professores e auxiliares sem saída. E procuramos Justiça, com a abertura de processo de dissídio da convenção.
E foi feita Justiça.
Em reunião na tarde do dia 5, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT( de São Paulo, os donos de escolas cederam à realidade dos fatos e aceitaram encaminhar à assembleia patronal a proposta do Tribunal: manter a Convenção Coletiva de forma integral, com reajuste pela média dos índices de inflação (2,14%), PLR de 15% e pagamento de dias parados. Na manhã do dia 6, o patronal reuniu-se em assembleia e aceitou os termos do acordo.
Os sindicatos de professores e auxiliares devem também ratificar essa proposta em assembleia. Os reajustes e demais itens da convenção devem ser retroativos a 1º de março, nossa data base.
Como dissemos no início desta campanha, vamos defender o que é nosso.
Confira a nota divulgada pelo Sinpro-SP no dia 6 de junho:
“Cinco meses de muita luta, duas paralisações, uma ação no Tribunal Regional do Trabalho, diversas manifestações, assembleias e reuniões, incontáveis cartas abertas, milhares de professores mobilizados e um belíssimo apoio dos estudantes e familiares. Foi assim que a categoria mostrou que é possível enfrentar e vencer a reforma trabalhista. No dia 6 de junho, a assembleia dos professores no Sinpro-SP autorizou o Sindicato a assinar nova Convenção Coletiva nas condições propostas pelo TRT. A manutenção de todos os direitos – principal reivindicação da categoria – foi garantida. A proposta também assegurou reajuste de 2,14%, retroativo a 1º de março, e participação nos lucros de 15%. A conquista não está apenas na Convenção. Os professores mostraram formas de organização que começaram nos locais de trabalho, ganharam as ruas nas aulas públicas e manifestações e encontraram unidade de luta no Sinpro-SP. O desafio daqui pra frente será manter e ampliar aquela que foi a nossa maior conquista: acreditar na mobilização, na resistência e na luta. É isso que dará a possibilidade de alargar o horizonte de nossas reivindicações.”
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