Categoria mantém indicativo de greve e define agenda de lutas em agosto
- 2 de agosto de 2018
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- Imprensa Sinpro-JF
- Postado em DestaqueNotícias
Pela primeira vez, desde a aprovação do artigo 9º da Lei 13.012 em 2014, a Administração se dispôs a dialogar sobre formas de neutralizar efeitos nefastos do dispositivo para o Quadro de Carreira do Magistério Municipal. Esse avanço é, sem sombra de dúvida, resultado da coragem dos educadores que deflagraram greve no primeiro semestre.
A mobilização dos trabalhadores continuou em agosto. Hoje (2/8), a adesão da categoria à paralisação, convocada pelo sindicato, chegou a 85%. Durante a tarde, os educadores se reuniram em assembleia para definir os próximos passos da luta.
O Sinpro-JF relatou o andamento das negociações com a PJF.
A ata da última reunião, com a participação dos secretários da Fazenda, Recursos Humanos, Educação e Planejamento, realizada ontem (1/8), foi lida durante a assembleia.
No documento, a prefeitura afirma: “que realizou projeções ainda não conclusivas e em virtude da complexidade dos cálculos solicitou um prazo maior para validação dos dados e apresentação dos mesmos ao sindicato na próxima reunião. A Administração reforçou o compromisso de que as negociações continuam abertas e que há a disposição em construir conjuntamente caminhos para a solução das demandas apresentadas pelo sindicato”.
Ficou agendada nova reunião no dia 22 de agosto.
O Magistério reafirmou suas reivindicações: revogação do artigo 9º; reajuste único para todos os educadores; reestruturação da Tabela de Cargos e Salários.
Após debate, a categoria deliberou pela manutenção do estado de greve e pela realização de assembleia, com paralisação, no dia 23 agosto, às 15h, no Ritz Hotel.
Na assembleia, a categoria avaliou também que a luta local não pode estar desassociada da mobilização nacional e definiu pela convocação de paralisação para 10 de agosto, “Dia do Basta!”, organizado pelas centrais sindicais. Haverá ato, às 9h, na Praça da Estação.
A leitura correta da conjuntura evidencia que retrocessos no âmbito municipal encontram amparo na política de retirada de direitos da classe trabalhadora, levada a cabo pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
O servidor público do município está consciente da necessidade de revogação da Emenda Constitucional 95, que congela gastos públicos com educação e saúde por 20 anos.
A revogação da Emenda, da reforma trabalhista e da terceirização irrestrita são bandeiras da mobilização que está sendo construída em todo o país para 10 de agosto.
Na data, o Magistério também se manifestará pelo pagamento da Ajuda de Custo para a Valorização do Magistério (ACVM), pela realização de concurso público e em defesa da educação pública de qualidade.
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