Sinpro-JF repudia publicação do Caes que ofende professores
- 26 de dezembro de 2020
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Leia o posicionamento do Sinpro-JF:
“É repugnante o texto publicado pelo Colégio e Curso Caes, em sua conta no Instagram, no dia 9 de dezembro.
No texto, o estabelecimento de ensino agride os professores. O colégio chama os profissionais de covardes, afirmando que o retorno às aulas presenciais, em meio à pandemia, ainda não ocorreu porque não há desejo de trabalhar.
Segundo a publicação, os professores não se preocupam com os alunos e estão “em casa, passeando, indo à praias, festas”.
O conteúdo absurdo, que mente descaradamente sobre a realidade, somado ao tom ofensivo, despertou a indignação de vários leitores.
Não há nenhuma dúvida de que o regime de aulas não presenciais impôs a intensificação do trabalho docente, levando muitos profissionais ao adoecimento.
Causa também espanto o nível raso do texto que trata de um assunto complexo. A possibilidade de retomada das aulas presenciais tem sido discutida com seriedade, ao longo de meses, em todo o país, pelo poder público, por especialistas da área de saúde pública, por gestores, por educadores, por pais e por alunos. Cabe ressaltar que Juiz de Fora registrou, em 23 de dezembro, um recorde de ocupação de leitos públicos de UTI de 95,06% em função do agravamento da emergência de saúde pública acusada pela pandemia, levando a cidade a regressar para a Onda Vermelha do programa Minas Consciente.
Mas não chega a ser totalmente surpreendente a conduta do estabelecimento de ensino. Mesmo antes da crise sanitária, o colégio já demonstrava desrespeito pelos professores. O sindicato recentemente venceu ação coletiva na qual ficou comprovado que professores trabalhavam sem carteira assinada, muitos recebendo abaixo do piso salarial da categoria e com número de aulas registrado inferior ao número real de aulas lecionadas.
O Sinpro-JF reforça seu repúdio ao teor da publicação do Caes, ratificando que seguirá firme na luta para que os professores retomem o trabalho presencial quando houver segurança sanitária.
Juiz de Fora, 26 de dezembro de 2020
Sindicato dos Professores de Juiz de Fora
(Sinpro-JF)”
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