Sinpro-JF divulga nota sobre demissões em massa na Estácio
- 11 de dezembro de 2017
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- Imprensa Sinpro-JF
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O sindicato divulgou, na manhã de hoje, 11, nota sobre as demissões em massa na Universidade Estácio de Sá. Encorajada pela reforma trabalhista, sancionada em novembro pelo governo ilegítimo de Temer, a empresa já demitiu em Juiz de Fora mais de 60 trabalhadores. Leia a nota na íntegra:
“A diretoria do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), em nome dos trabalhadores das redes municipal e particular de ensino, vem a público manifestar total indignação com a demissão em massa de professores, realizada pela Universidade Estácio de Sá, uma das maiores organizações privadas de ensino do país.
A onda de demissões, que ocorre também em outras unidades da instituição, atingiu mais de 60 profissionais em Juiz de Fora, de acordo com a apuração realizada até agora.
É evidente que essa é a ação de uma empresa que visa à manutenção de largas margens de lucro em detrimento da valorização dos profissionais da educação, da qualidade de ensino e da formação adequada dos seus alunos. Comprova-se isso pelo fato de que grande parte dos trabalhadores desligados possuíam títulos de mestrado e doutorado. Foram justamente esses profissionais que possibilitaram a Estácio de Sá melhorar seu desempenho em avaliações nacionais e garantir mais matrículas.
A lógica da mercantilização do ensino, reproduzida pela Estácio de Sá nesse episódio, é um fenômeno que deve ser combatido sob o risco de causar prejuízos incomensuráveis à sociedade brasileira.
Também é notório que a reforma trabalhista, sancionada pelo governo ilegítimo de Michel Temer, encoraja empresas a ações de tamanha covardia. Os principais jornais do país anunciaram que, após a demissão em massa, a Estácio de Sá deve recontratar número equivalente de trabalhadores. Especula-se que por remunerações inferiores ou por meio de contratos precários que não garantem direito algum.
Desde o ano passado, o Sinpro-JF vem denunciando e convocando para a luta contra a reforma que representa um retrocesso sem precedentes para a classe trabalhadora. Ao contrário do que afirmava a mentirosa propagada governamental, a reforma não vai gerar empregos. A nova legislação se presta a rebaixar o nível salarial, cortar direitos e transformar emprego fixo em “bico”. A luta pela revogação da reforma deve ser central e assumida por todos os trabalhadores brasileiros.
O sindicato está ao lado dos professores demitidos e da comunidade acadêmica e informa que está tomando medidas cabíveis para enfrentar a situação.
Juiz de Fora, 8 de dezembro de 2017.”
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