Após 10 dias de greve, Sinpro-Minas renova convenção sem perda de direitos
- 5 de junho de 2018
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- Imprensa Sinpro-JF
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Desafiando a reforma trabalhista, o Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro-Minas) assinou, no último dia 14, a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) sem perda de direitos. Contudo, a vitória só foi possível após os professores do setor privado realizarem 10 dias de greve. Os trabalhadores impediram o fim do adicional extra-classe e do adicional por tempo de serviço, além de evitarem a extinção dos 15 minutos de descanso que o professor tem direito no recreio.
O diálogo estabelecido entre trabalhadores, estudantes e pais, que se convenceram de que as más condições de trabalho dos professores implica na qualidade da educação, foi essencial para o resultado alcançado com luta.
Ao site do Sinpro-Minas, Gilson Reis, coordenador da Contee, celebrou: “a greve dos Professores de Minas encerra com vitória da categoria e derrota dos donos de escola. Manutenção de todos os direitos conquistados. Homologação no sindicato, que não era prevista em Convenção, reajuste salarial pelo INPC, nenhuma retaliação e punição aos grevistas e uma ampla unidade dos trabalhadores que entraram unidos na greve e saíram unidos e fortalecidos”. Essa foi considerada uma das maiores greves do setor privado de educação desde a década de 1990.
A mudança na legislação trabalhista, aprovada em novembro de 2017, coloca em risco conquistas asseguradas por acordos e convenções coletivas. Antes da reforma, os direitos garantidos pela CCT continuavam valendo mesmo após o término de sua vigência. Agora, encerrado o período de validade da convenção, que não pode ultrapassar dois anos, conquistas históricas, como bolsas de estudo e adicional por atividade extraclasse, podem evaporar.
Em Juiz de Fora
Como acordado na Campanha Salarial 2018, o processo de negociação sobre a CCT será antecipado para o segundo semestre de 2018, antes do término da vigência da convenção em 1º de fevereiro de 2019, data-base da categoria. Essa foi uma primeira vitória dos trabalhadores.
Porém, o Sinpro-JF tem alertado para a necessidade de união da categoria neste momento. Mais do que nunca, é preciso que o professor participe da assembleia, filie-se ao sindicato e fortaleça a luta coletiva. Um avanço no processo de negociação só será possível com participação, mobilização e organização dos trabalhadores.
Neste sábado, dia 9 de junho, o sindicato convoca os professores da Rede Particular para assembleia, às 11h30, no Riz Hotel. É fundamental a presença de todos na definição da estratégia para a defesa de direitos históricos.
Com informações do Sinpro-Minas
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