Em defesa da carreira, Magistério lota Câmara durante audiência pública
- 14 de fevereiro de 2020
- 0 comments
- Imprensa Sinpro-JF
- Postado em Notícias
Os educadores da Rede Municipal lotaram o plenário da Câmara e o salão de entrada, durante a tarde de ontem, para a acompanhar a audiência pública sobre a proposta da prefeitura que retira direitos da carreira do Magistério.
Os diretores Cida Oliveira e Roberto Kalam representaram o sindicato no debate que durou mais de três horas.
Além dos vereadores, participaram o Procurador Geral do Município e os secretários de Governo, Administração e Recursos Humanos, Fazenda e Educação.
O microfone foi aberto ao público, no início da audiência, e os participantes escutaram dezenas de depoimentos de educadores e lideranças do sindicato.
O sindicato reafirmou que a PJF não pode condicionar a realização de concurso público, que não acontece há dez anos, a retirada de direitos dos trabalhadores.
“A prefeitura precisa retirar essa proposta”, reivindicou Cida. A sindicalista relatou que as conquistas do plano de carreira, ameaçadas pela proposta da prefeitura, foram alcançadas com luta pelo Magistério ao longo do tempo.
“Conquistamos a ACVM em 2002, o adicional de reunião pedagógica em 2006, o AIM em 2009 e a redução da jornada para 13h20, com um terço da carga horária para atividade extraclasse, em 2013”, explicou.
Cida descreveu o trabalho invisível do professor, realizado fora de sala de aula – como preparação de conteúdos e avaliações, reuniões com pais e correções.
Também explicou que muitos profissionais têm mais de um vínculo de trabalho para a sobrevivência.
A proposta da prefeitura amplia a carga horária, intensifica o trabalho e impossibilita o trabalhador de atuar em outra unidade escolar.
Cida denunciou que a iniciativa da prefeitura reduz o número de postos de trabalho na Rede Municipal, contribuindo para o desemprego.
Kalam questionou a verba extra do Fundeb repassada pela prefeitura no final do ano passado. O professor salientou também que a cidade recebe o dobro do que contribui. “Ainda assim atrasam 13º, não pagam a ACVM de 2019 e propõem a retirada de direitos da carreira dos educadores”.
Kalam demonstrou que o artigo 9º da Lei 13.012/2009 vem eliminando a diferença entre os degraus da carreira.
Também, de acordo com Kalam, a substituição do adicional de reunião pedagógica, do ACVM e do AIM pela incorporação de 5% no salário, como propõe a prefeitura, causa perdas econômicas para a categoria.
No final da audiência, vereadores afirmaram que não apreciarão e votarão nenhuma matéria oriunda do Executivo sem antes escutar a representação dos professores.
A prefeitura afirma que enviará proposta até o dia 18 de fevereiro.
Em assembleia, a categoria dliberou pela greve a partir de 19.
O Magistério realizará assembleia, às 14h, no dia 19, na Sociedade de Medicina (Rua Braz Bernardino, 59).
A categoria intensificará a mobilização nos próximos dias. É hora de participar!
Comments are closed.