Dia histórico: contra desmonte da Previdência, trabalhadores param Juiz de Fora
- 16 de março de 2017
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- Imprensa Sinpro-JF
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O Dia Nacional de Paralisações e Greves, 15 de março de 2017, entrou para a História de Juiz de Fora. Contra a reforma da Previdência, milhares de trabalhadores e estudantes cruzaram os braços e marcharam pelo centro da cidade.
Os organizadores estimam que o ato contou com a participação de 30 mil pessoas. Mais de 40 entidades sindicais, além de movimentos sociais e populares, a exemplo do MST e da Marcha Mundial das Mulheres, fortaleceram o protesto, que começou na Praça da Estação, às 9h, percorreu a Avenida Francisco Bernardino em direção ao Mergulhão e seguiu até fechar o cruzamento entre a Avenida Rio Branco e a Rua Halfeld. No final, a bateria do Levante Popular da Juventude ocupou o Calçadão e encerrou a passeata na Avenida Getúlio Vargas, por volta das 14h.
Entre as categorias que pararam, estão professores das redes Particular, Municipal, Estadual e Federal, metalúrgicos, bancários, servidores públicos, trabalhadores da Construção Civil, da Empav, da Cesama, do Demlurb, eletricitários, engenheiros, arquitetos, médicos e farmacêuticos.
O trajeto foi marcado por manifestações de apoio da população que estava nos ônibus, dentro dos estabelecimentos comerciais ou que passava pelo centro da cidade. O “Fora, Temer!” unificou os trabalhadores e foi entoado diversas vezes ao longo da caminhada.
Educadores do município seguem em greve por tempo indeterminado
Lotadas, as assembleias das redes Particular e Municipal, realizadas no último dia 9, definiram a atuação da categoria na luta contra o desmonte da Previdência.
Os professores das instituições privadas confirmaram a realização de paralisação em 15 de março. Já os trabalhadores do município votaram a favor da greve por tempo indeterminado a partir da mesma data.
As duas redes foram unânimes em avaliar a gravidade da conjuntura nacional. Os trabalhadores estão na mira do governo golpista de Michel Temer. A reforma da Previdência acaba com a aposentadoria, reduz benefícios e elimina direitos históricos. Para os professores da educação básica, é o fim da aposentadoria especial. Se a reforma for aprovada, mulheres e homens só poderão se aposentar aos 65 anos. Para ter o benefício integral, serão necessários 49 anos de contribuição.
Com a reforma trabalhista, Temer também planeja um assalto à CLT e coloca em risco direitos como o 13º e as férias. O governo pretende ainda liberar a terceirização das atividades-fim, o que significa rebaixamento de salários, precarização das relações de trabalho e retirada de direitos.
Mais de 1 milhão de pessoas em todo o país
Houve manifestações nos 27 estados da União. De acordo com o balanço da CUT, mais de um milhão de pessoas foram às ruas para protestar contra o desmonte da Previdência. O presidente nacional da central, Vagner Freitas, reforçou a importância das manifestações realizadas no país. “Nós temos tido várias datas históricas na luta da resistência do povo trabalhador. Hoje foi um dia extraordinário, com muita adesão e deixa claro que o povo é contra a reforma trabalhista e da Previdência. Nós não vamos negociar migalhas com o Temer, não vamos negociar migalhas com golpista. O Temer tem que retirar do Congresso a reforma da Previdência. Se ele não retirar, nós vamos organizar a maior Greve Geral que este país já viu.”
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