
Uma reflexão sobre as ações educacionais da Secretaria Municipal de Educação
- 16 de novembro de 2022
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- Imprensa Sinpro-JF
- Postado em DestaqueNotícias
Nesses meses que se passaram da atual Administração Municipal, cabe uma avaliação das ações perpetradas pela Secretaria de Educação, sua forma de implementação e seus desdobramentos pedagógicos no chão da escola e os reflexos na comunidade escolar.
É bem sabido que a rede municipal de ensino é composta por um quadro de profissionais com qualificação acima da média e que, no decorrer do tempo, desenvolveu diversos projetos, fruto de experiências coletivas, algumas reconhecidas a nível nacional e internacional.
O compromisso com a educação pública de qualidade sempre foi uma meta a ser alcançada, a partir do reconhecimento de que, somente assim, conseguiremos levar nossos alunos a uma formação que permita o seu olhar crítico do mundo em que vivem. Dessa forma, esse movimento pode levá-los à emancipação necessária enquanto ser-neste-mundo.
Na rede municipal, os trabalhadores do Magistério são os agentes que vivem e convivem no chão da escola de forma direta com todos os sujeitos envolvidos: alunos, pais, comunidade. São eles os primeiros a analisar a realidade do trabalho a ser desenvolvido e, com autonomia, discutir e definir, coletivamente, as ações a serem realizadas, os instrumentos necessários e as estratégias a serem utilizadas.
Em diversas Administrações, algumas mais conservadoras outras menos, o Magistério sempre fez-se presente nas discussões sobre o processo pedagógico a ser implementado nas escolas. E o fez com protagonismo e criatividade, manifestando seu desejo de discutir e ser ouvido nos diferentes temas.
Num governo progressista seria natural que essa dinâmica se intensificasse, radicalizando a participação coletiva e democrática como condição imprescindível. Não tem sido isso o que tem ocorrido.
O Magistério tem reiterado sua principal demanda em relação à postura da Secretaria de Educação sem, porém, ser percebido: O NECESSÁRIO DIÁLOGO, O RESPEITO ÀS DIVERGÊNCIAS E A CAPACIDADE DE OUVIR não tem sido prática nessa relação.
O fim dos projetos, muitos dos quais definidos coletivamente pela comunidade escolar e desenvolvidos com êxito; o fim do Laboratório de Aprendizagem, suporte vital para sanar dificuldades diagnosticadas no processo de ensino; o fim dos Laboratórios de Informática, espaço que aproximava os alunos do mundo tecnológico; a redução de profissionais e de aulas especializadas, como Arte e Educação Física, com consequências objetivas para os alunos são algumas das iniciativas tomadas pela Secretaria de Educação, sem que a categoria fosse chamada a discutir, muito menos para ser ouvida… Nossa categoria não está acostumada e nem disposta a “brincar” de democracia. QUEREMOS SER OUVIDOS, EXIGIMOS SER RESPEITADOS!
O comportamento arbitrário não cabe num governo progressista, principalmente numa secretaria que comanda o processo de construção e de reconstrução do conhecimento. Esse árduo trabalho, desenvolvido pelos educadores no cotidiano escolar, não permite ouvidos moucos, não admite a indiferença e não aceita, de forma alguma, imposições e falta de diálogo!
EXIGIMOS MUDANÇA DE CONDUTA! EXIGIMOS RESPEITO!
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