A sobrecarga de trabalho, decorrente, principalmente, da adoção de novas tecnologias, impôs uma rotina ultra desgastante que afetou a saúde psicológica e física dos professores da Rede Particular durante a pandemia. Essa é uma realidade revelada por uma pesquisa realizada pelo Sinpro-JF no mês de agosto. A inciativa de consultar os trabalhadores foi desenvolvida em diálogo com professores da base que integraram um grupo de trabalho formado pelo sindicato.
A pesquisa mostrou que 72,7% dos professores desenvolveram algum tipo de problema de saúde na pandemia. Outro dado preocupante da pesquisa indica que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vem sendo descumprida pelas instituições: 59,5% dos entrevistados afirmaram que são realizadas reuniões em número superior aos seis encontros anuais, com duração máxima de duas horas, previstos na CCT.
Reuniões em excesso e não remuneradas, comunicados nos finais de semana, registro em duplicidade de diários, lançamento de conteúdos em plataformas e redes sociais, além do atendimento por telefone, e-mail e Whatsapp, são situações que se tornaram comuns no cotidiano dos estabelecimentos de ensino.
Para enfrentar esses problemas, os professores, organizados em assembleia no último sábado (9/10), aprovaram um conjunto de reivindicações, que devem ser apresentadas aos representantes dos estabelecimentos de ensino durante as negociações para a renovação da Convenção. O objetivo é aperfeiçoar itens da CCT que tratam das atividades extraclasse para que se tornem compatíveis com a realidade, colocando freios nos abusos que prejudicaram professores, afetando inclusive seu tempo de descanso.
A categoria também deliberou a favor da criação de regras para a exibição de aulas síncronas e assíncronas e para a restrição do ensino híbrido ao período de emergência de saúde pública consequente da pandemia.
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