Leia a nota da direção do Sinpro-JF na íntegra
“O Sinpro-JF manifesta total apoio aos professores, estudantes e suas famílias que estão em luta neste momento, na cidade de Belo Horizonte, contra o autoritarismo, a truculência e a censura à liberdade de cátedra, à liberdade de aprendizagem e à liberdade de expressão.
Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, a resistência a mais uma versão da “Lei da Mordaça” já dura 13 dias com enorme pressão para que a matéria seja retirada de pauta. O projeto que ameaça a liberdade de cátedra, famoso pelo nome equivocado de “Escola Sem Partido”, tramita na Casa embora a inconstitucionalidade desse tipo de texto já tenha sido reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu similar no estado de Alagoas. Episódios de truculência ocorreram durante a semana quando professores e estudantes foram, de forma violenta, retirados do local. Um educador chegou a desmaiar após receber golpe aplicado pela segurança da Câmara.
Na mesma semana, um texto de uma avaliação de Português foi censurado pela direção Colégio Loyola da Rede Jesuíta de Ensino por apresentar conteúdo crítico ao atual governo. A censura ocorreu após pressão de um grupo de pais. Professores, alunos e suas famílias relataram extrema indignação diante da conduta da instituição privada.
A direção do Sinpro-JF reforça que projetos de “Escola sem Partido” e atitudes como a do Colégio Loyola se prestam a finalidade inversa do que se propõem. Iniciativas assim fomentam a imposição ideológica e a perseguição de opiniões divergentes. Além de criar um ambiente escolar avesso à aprendizagem, marcado pela ignorância e pela intolerância.
Reforçamos nossa solidariedade aos que estão na luta em defesa da pluralidade de ideias e da democracia dentro das escolas.
Juiz de Fora, 11 de outubro de 2019.”
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