O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) representa o Magistério Municipal, os professores da Rede Particular (do Infantil ao Ensino Superior) e os professores dos Cursos Livres e de Idiomas. Atualmente, são mais de 4.500 filiados.
O Sinpro-JF também é um dos sindicatos de docentes mais antigos do país, tendo completado 80 anos em 2014. Um grupo de professores passou a se articular no início da década de 1930. “Naquele período, ocorria uma profunda mudança no setor educacional. Antes, à exceção das instituições confessionais, os educadores criavam escolas na sua própria casa. Naquela década, isto começa a mudar: o governo criou uma série de políticas públicas para o setor, dando origem a uma série de grupos escolares e às escolas normais. Este processo leva à fundação do Sindicato do Professores de Juiz de Fora em uma reunião com 38 docentes no dia 17 de setembro de 1934” afirma Virna Lígia, cuja tese de mestrado, concluído na UFJF, trata do processo de formação do movimento sindical docente no município.
De 1934 até o final dos anos 50, é possível perceber uma mobilização crescente, principalmente em relação às pautas econômicas. Durante este período os educadores conseguiram suas primeiras conquistas. Por exemplo, a Lei 605 de 1949, que até hoje regulamenta o trabalho na Rede Particular de Ensino. Mas é em 1959 que o sindicato realiza sua primeira greve. Durou cerca de 15 dias e foi vitoriosa. Cabe lembrar que nesta época o Sinpro-JF representava apenas os professores da Rede Particular, englobando Idiomas.
O golpe de 1964 interrompeu esse processo. Nos anos 60 e 70, durante a Ditadura Militar, ocorreu uma queda na organização dos docentes.
A volta da mobilização entre os professores, a partir dos anos 80, está inserida no reascenso dos movimentos sociais e sindical com o fim da Ditadura Militar. Era um período de intensa efervescência política, que originou a criação criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) como principal instrumento de luta da nossa classe.
“Conseguimos avançar na consciência política da nossa categoria, e avaliamos que era necessário buscar a representação dos educadores também da Rede Municipal, a qual ocupava um espaço muito mais importante do que à época de nossa fundação. O Sinpro também se envolveu diretamente na construção da Contee, no início dos anos 90. A partir daí, avançamos cada vez mais, e temos o orgulho de afirmar que somos hoje um sindicato forte, independente, pronto para atender à necessidade de nossa categoria como instrumento para alcançarmos cada vez mais vitórias” diz Flávio Bitarello, da coordenação geral do Sinpro-JF.