Leia nota do sindicato na íntegra:
“É grave a mensagem que circula pelo WhatsApp e pelo Facebook promovendo a perseguição escancarada contra todos os educadores de Juiz de Fora após o término do processo eleitoral. O texto apresenta números de telefone para a denúncia de professores que puderem vir a se expressar de forma divergente à ideologia do grupo político que assina a mensagem. Nós, educadores, não aceitaremos assédio moral e nem qualquer tipo de intolerância à manifestação de pensamento.
Iniciativa similar ocorre no estado de Santa Catarina. A ação foi denunciada e repudiada, com veemência, por todas as entidades representativas da categoria dos professores no país. O Ministério Público abriu inquérito para apurar a intimidação a professores e recomendou que universidades e gerências regionais de ensino não permitam ações que prejudiquem o livre exercício da profissão.
Esse tipo de proposição, que notoriamente possui caráter agressivo, autoritário, censor e persecutório, representa uma afronta à Constituição Federal e à liberdade. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal suspendeu todas as ações policiais dentro de universidades públicas e privadas que visavam recolher materiais, interromper aulas, debates e manifestações. A ministra Carmen Lúcia, ao defender o Estado Democrático de Direito, afirmou que “pensamento único é para ditadores. Verdade absoluta é para tiramos. A democracia é plural em sua essência. E é esse princípio que assegura a igualdade de direitos individuais na diversidade dos indivíduos.”
O Sindicato tomará as medidas jurídicas e políticas cabíveis para o enfrentamento dessa situação em Juiz de Fora.”
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