“A direção do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) repudia, publicamente, a conduta da Justiça do estado de Santa Catarina no processo que culminou na absolvição de André de Camargo Aranha, acusado de estuprar Mariana Ferrer.
O trecho do vídeo da audiência, revelado pela imprensa, causou revolta em todo país. Vimos cenas de uma sessão de tortura psicológica contra a jovem, promovido pelo advogado do réu, sem a repreensão do juiz.
Somada à essa conduta, a imprensa também divulgou a tese jurídica, aventada durante o processo, de que o acusado teria cometido estupro sem dolo. Uma aberração do ponto de vista jurídico que não tem nenhum amparo legal.
O caso se tornou uma das expressões máximas do machismo que vitima milhares de mulheres no Brasil. No Brasil, vale lembrar que a cada 11 minutos uma mulher sofre estupro, 30% das vítimas são menores de 13 anos de idade. Essa realidade é reforçada quando instituições negligenciam o combate à violência contra a mulher e a proteção das vítimas.
A situação é agravada ao refletirmos que o próprio presidente da república Jair Bolsonaro, conforme mostrado pelo Sinpro-JF em edição de 2016 do Diário de Classe, tem em sua história recente uma condenação judicial por ter dito que a deputada Maria do Rosário “não merecia ser estuprada por ser muito feia”.
É preciso dar um basta e clamar por justiça para Mariana Ferrer e por todas as mulheres e meninas do país!”
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