No final da tarde de ontem (18/10), o Sinpro-JF participou da Tribuna Livre na Câmara, solicitada pelo Sinserpu-JF, durante a reunião ordinária dos parlamentares. O sindicato foi representado pelo professor Roberto Kalam, diretor da entidade.
Os sindicatos denunciaram os três anos de perdas salariais impostas aos servidores por uma Administração que se recusa a conceder a reposição da inflação do período, respeitando a data-base das categorias.
Kalam chamou atenção para o fato de ter havido aumento – e não queda como afirma a prefeitura – nas receitas de 2017. O sindicalista apresentou dados retirados do Portal da Transparência.
O IPVA, entre janeiro e setembro, cresceu 6,36%, em comparação com o mesmo período no ano passado. O Fundo de Participação dos Municípios, verba federal, entre janeiro e setembro, aumentou 10, 57%, observando os dados de 2016. O IPTU teve alta de 9,12% e a tendência de crescimento também foi verificada na análise do ISS e do ICMS.
“Não há decréscimo nas receitas do município e não há desrespeito aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou Kalam. De acordo com o sindicalista, o Executivo tem se mantido abaixo do teto de gastos, que é de 54% da receita corrente líquida.
Kalam também denunciou o uso abusivo das contratações. “Enquanto os servidores padecem no município, a PJF terceiriza seus serviços. Há quase 10 anos, não há concurso público para o Magistério”, apontou Kalam. O número de contratos na Rede Municipal de Ensino se aproxima de 60%. Juiz de Fora está entre os municípios do país, ao lado de algumas cidades do Mato Grosso, com o maior percentual de contratação temporária para a educação básica.
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