Magistério Municipal fará paralisação e assembleia na próxima terça, 29
- 23 de maio de 2018
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- Imprensa Sinpro-JF
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Não há limites para a atual Administração. Pela primeira vez, a prefeitura reconheceu a quebra do quadro de carreira do Magistério, denunciada exaustivamente pelo sindicato. Contudo, a solução apresentada pela PJF é, no mínimo, infame.
A intenção da Administração é criar um “marco zero”, isto é, um novo quadro de carreira para os educadores que in-gressarem a partir de determinada data no serviço público municipal. O objetivo da PJF é retirar direitos consagrados por anos de luta, jogando uma pá de cal sobre o nosso quadro de carreira.
É um ataque direto aos contratados que almejam realizar o concurso público, confirmado pela PJF para 2018. É também uma ameaça, sem precedentes, aos efetivos e aos aposentados. Com uma nova carreira rebaixada e precarizada, abre-se a porta para que qualquer outro direito seja destruído com uma canetada.
A resposta do sindicato sobre a instituição de uma nova carreira, durante a reunião de negociação realizada no dia 16 de maio, foi taxativa. A direção do Sinpro-JF jamais negociará a retirada de direitos conquistados! É necessário lembrar que a quebra do quadro de carreira está ocorrendo por meio da extinção de triênios e pela eliminação da diferença entre PRA e PRB. A situação é consequência da prática injusta da Administração de conceder reajustes diferenciados, autorizada pelo artigo 9º da Lei 13.012, aprovado pelo Executivo, após manobra sorrateira e desonesta que contou com o apoio da maioria da Câmara, durante as férias escolares de 2014.
REAJUSTE INDIGNO
Ao tratar do reajuste salarial, os representantes do Sinpro-JF deixaram claro, durante a reunião de negociação, que a categoria não vai admitir que os efeitos perversos do artigo 9º tenham continuidade e apresentaram duas demandas: reajuste imediato de 6,81% para toda a categoria (igualando àqueles que o receberam desde 1º de janeiro) e a construção de um cronograma de recomposição, com vistas ao restabelecimento da Tabela de Cargos e Salários.
No entanto, a PJF apresentou sua proposta de reajuste salarial: 0,5%, retroativo a janeiro e 2,43%, a partir de novembro, sem retroatividade. Dessa forma, a Administração, agora comandada por Antônio Almas após a saída de Bruno Siqueira, reafirma seu propósito de continuar na destruição sistemática da Tabela de Cargos e Salários. Se isso continuar, os triênios continuarão sumindo e a diferença entre PRA e PRB deixará de existir. Resultado: um único salário para todos e, reconheçamos, um pés-simo salário! A PJF também afirmou que não vai reajustar os valores do ACVM e do AIM. Pelo terceiro ano consecutivo, os valores podem continuar os mesmos.
PARALISAÇÃO E ASSEMBLEIA NA PRÓXIMA TERÇA-, 29
Além das negativas da PJF sobre a maioria dos itens da pauta de reivindicações do Magistério, a proposta indecorosa de um novo quadro de carreira atinge efetivos, contratados e futuros concursados. Soma-se a isso, o desrespeito à data-base. A prefeitura insiste em aplicar índices no final do ano, o que vem acarretando perdas progressivas no poder de compra dos trabalhadores.
O momento exige uma resposta firme e contundente contra aqueles que teimam em tentar retirar benefícios e direitos já adquiridos e incorporados no nosso cotidiano. Reunido em assembleia, no dia 17 de maio, o Magistério não teve dúvidas sobre a necessidade de apontar a luta como o único caminho possível. A categoria rejeitou as propostas da PJF, aprovou o indicativo de greve e a realização de uma nova assembleia, com paralisação, na terça-feira, dia 29 de maio, às 14h, no Ritz Hotel.
Não há espaço para contemporização com uma Administração que, desde o início, vem mirando o Magistério como alvo de sua insensatez e descaso com a educação pública! A participação de todos na assembleia é decisiva! Dizer um basta aos desmandos perpetrados nesses últimos anos é defender, de forma intransigente, um dos melhores quadros de carreira do país, fruto de lutas e lutas, construídas por uma categoria que não abaixa a cabeça e tem a marca da ousadia! Não é à toa que os educadores não cansam de bradar: Ousar lutar! Ousar vencer!
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