Os trabalhadores da Rede Municipal lotaram o salão e os corredores do Ritz Hotel, na manhã de hoje (23), em assembleia histórica que deliberou, por unanimidade, pela continuidade da Greve Nacional da Educação contra a reforma trabalhista e da Previdência. A categoria também aprovou uma moção de apoio à Greve Geral, que será encaminhada pelo Sinpro-JF à direção nacional da CUT.
Durante o debate, os educadores denunciaram deputados que rasgaram a CLT e votaram, na noite de ontem (22), a favor do projeto de lei que permite a terceirização irrestrita nas empresas privadas e no setor público e amplia o tempo do contrato temporário de 3 para 9 meses. O PL 4302, apresentado pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1998, foi desengavetado em manobra golpista e aprovado por 231 votos a 188, com 8 abstenções. O texto, que segue para a sanção da presidência, possibilita, por exemplo, que a escola terceirize o professor. O resultado desse processo são salários mais baixos, jornadas mais longas e intensas, piores condições de trabalho, menos direitos e precarização das relações trabalhistas.
Após a assembleia, a categoria seguiu em passeata até à Câmara, onde será votado, amanhã (24), o Plano Municipal de Educação (PME). Os educadores reivindicam que a PJF e os vereadores respeitem o texto original aprovado pela Conferência Municipal de Educação. Importantes estratégias relacionadas às metas 13 (Valorização dos Educadores) e 14 (Quadro de Carreira dos Educadores) foram suprimidas pela Administração.
Assembleia na próxima terça, 28
Os trabalhadores farão uma nova assembleia na próxima terça-feira, 28, às 14h, no Ritz Hotel.
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