30/6: trabalhadores vão à luta contra as reformas
- 3 de julho de 2017
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- Imprensa Sinpro-JF
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Na última sexta-feira (30), classe trabalhadora mostrou mais uma vez disposição para resistir e lutar contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra a terceirização, promovidas pelo governo golpista de Michel Temer, instrumento da elite nacional para executar o desmonte do Estado brasileiro. Os manifestantes também exigiram a saída de Temer e a realização de eleições gerais diretas. Paralisações foram convocadas em todas as regiões do país e mobilizaram milhões de trabalhadores.
Em Juiz de Fora, segundo o Fórum Sindical e Popular, organização que reúne mais de 52 entidades, o protesto reuniu mais de 10 mil pessoas. O dia começou com o bloqueio da BR 267, no bairro Igrejinha, via que dá acesso à Votorantim Metais.
O ato, marcado para às 9h, na Praça da Estação, contou com a participação de trabalhadores de diversas categorias, como professores, funcionários dos Correios, servidores municipais, bancários, têxteis e metalúrgicos. Os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas do centro da cidade e encerraram o protesto, por volta das 14h, no Parque Halfeld.
Os dias de Greve Geral (15/3, 28/4 e 30/6), a mobilização de 8 de março e a ocupação de Brasília (24/5) têm sido decisivos para o combate às reformas. Diferente do que o governo golpista pretendia no início, os calendários de votação das matérias foram estendidos e os conteúdos são alvo de polêmica e debate entre os parlamentares.
Porém, o governo usará de qualquer expediente para acabar com os direitos dos trabalhadores sob o falso pretexto de que deseja “gerar empregos”, “modernizar a legislação” e “proteger a aposentadoria”. Em meio às escandalosas denúncias de corrupção contra Temer, os senadores, com desfaçatez e cinismo, prometem colocar em votação a reforma trabalhista ainda essa semana. Cabe aos trabalhadores intensificar a conscientização e a mobilização da população para o enfrentamento. Aos parlamentares, que pretendem reconquistar suas vagas no Congresso Nacional, a classe trabalhadora já deixou claro: “quem vota contra trabalhador, não volta!”
A reforma trabalhista é um grande retrocesso. Entre as mudanças, está a possibilidade de prevalência de acordos individuais sobre acordos coletivos e sobre a legislação. Isso é um ataque sem precedentes aos direitos trabalhistas históricos, conquistados, com luta, pelos trabalhadores. Confira aqui outras cinco maldades da reforma trabalhista.
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